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Lançamento do livro Confessionário, do poeta Ruy do Carmo Póvoas

Você já leu o Confessionário, do poeta Ruy do Carmo Póvoas?

Essa obra literária é composta de um prefácio e cinquenta poemas . Leitores apressados “vão direto ao texto”, mas os para textos são imprescindíveis. Assim sendo, recomendo começar a leitura, explorando a capa. Depois, orelhas. Ficha técnica. Prefácio. Possuo o hábito de ler prefácios. Agradam e enriquecem imensamente a minha leitura das obras e ampliam, portanto, minha visão de mundo. Os prefácios redigidos pelo nobre intelectual Ruy do Carmo Póvoas consistem em uma excelente aula sem o tom professoral. O ensaísta Ruy Póvoas é, antes de tudo, um exímio lexicólago. Apresenta, assim, as palavras geradoras das suas obras e as contextualiza. Em tom de diálogo, o autor assim conversa com o leitor, inserindo-o na construção dos sentidos e, assim, garante uma maior adesão do leitor e potencializa a multiplicidade de sentido dos seus poemas. Que tal, finalmente, se deliciar com os novos poemas Ruy do Carmo Póvoas?

ALDERACY PEREIRA, jornalista cultural.

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Ruy Póvoas, ficcionista e poeta. Um artífice da palavra, portanto. Professor universitário, aposentado, Póvoas também exerce as funções de babalorixá no terreiro por ele fundado, em Itabuna, na Bahia.
A comunidade de Póvoas costuma não se utilizar de palavras referentes a coisas ou situações portadoras de malignidade. Por isso mesmo o SARS Cov-2, neste livro, é apelidado por pinaúna. Isso se traduz num modo mais generoso de tratar assunto tão cáustico que ainda nos aflige.
Póvoas encontrou a maneira por demais criativa para nos brindar: cada poema é antecedido por um comentário alusivo a situações vividas pelo poeta nos momentos de sua criatividade. Cada um de nós, ou pessoas ligadas a nós vivenciamos experiências semelhantes. Por isso mesmo, este livro é nosso também.
Com sua vigorosa antena, Póvoas capta e examina o deslocamento dos significados de confessionário e confissão. Assim, o conjunto de poemas com os registros das situações vivenciadas nos momentos de intuição poética se constitui, ao mesmo tampo, o lugar e as confissões que acontecem.
Os sentidos e significados abordados vão se alargando, se deslocando, e todo o conteúdo é abarcado por duas molduras: a epígrafe tomada da frase incial do Eu pecador, posta no início, e os dois versos da música Pepas, de Farruko, que fecham o volume. Confissões para todos os gostos, realizadas em confessionários diversos.
Ressalte-se a abordagem de sofrimentos impingidos pela pandemia às pessoas, mormente os idosos: a sozinhez, o isolamento social, a insônia, as comorbidades, os abalos emocionais. Tudo feito com seriedade, sem abrir mão do bom humor. Nisso, Confessionário traduz e interpreta a nossa agonia perfeitamente.

(Da orelha do livro)

 

=>Você pode adquirir esse e outros livros do autor através do site:

Este post tem um comentário

  1. Alderacy Pereira da Silva Junior

    Que bom ver este momento registado por aqui. Abraço aos membros da Instituição e responsáveis pela postagem.

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